quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Fecha para mim, por favor!

Desde de 19 de junho de 2008, quando a Lei Seca, que prevê maior rigor contra o motorista que ingerir bebidas alcoólicas, foi sancionada no país, campanhas e ações vem sendo promovidas (tanto pelo Governo quanto pelos estabelecimentos de hotelaria em todo o país) para enfatizar a importância dessa Lei, que deve ser encarada, sobretudo, como um projeto de segurança para todos os brasileiros.
Para "comemorar" os dois anos da Lei Seca e não deixá-la cair no esquecimento, o Boteco Aurora e o Bar Ferraz, em São Paulo, contrataram Ogilvy (agência de comunicação) para que juntos criassem uma campanha de impacto com seus frequentadores, alertando-os sobre os constantes (e reais) riscos de beber e dirigir.

O programa Reclame, do canal de TV por assinatura Multishow, mostrou o making of da ação:

http://www.youtube.com/watch?v=KtAp7o6wl0w

A iniciativa vem sendo considerada a "mais eficaz campanha de prevenção rodoviária do mundo" e foi a ganhadora do Leão de Bronze na categoria Promoção, em Cannes 2010. Os ingredientes do sucesso são os básicos: linguagem ideal para o público-alvo, identificação dos principais valores desse público, foco no indivíduo (cada consumidor foi abordado de uma maneira distinta), criatividade na transmissão da informação, alinhamento às necessidades e superação espectativas. Um conjunto de fatores que, ao serem trabalhados em consonância, causam atenção e impacto no momento da abordagem e podem ser multiplicados, possibilitando a criação de interseções (novas abordagens) sobre o assunto. Esse é o papel do comunicador hoje, que deve acima de tudo, ser um estrategista (seja ele publicitário, RP ou jornalista), e focar seus esforços para enfatizar os assuntos em pauta (da empresa ou da sociedade em relação a organização) para promover a aceitação e a mudança sócio-comportamental, principalmente dentro das empresas.

Portanto, idealmente as campanhas internas, sejam elas para a conscientização de uma vacina específica ou para a conscientização do uso racional de luz, água, etc., deveriam seguir esses (ou quase todos) ingredientes. Ou, ao menos, levá-los em consideração.

O novo papel do comunicador nas empresas é ser um elo, um mediador e facilitador entre as estratégias da alta gestão e as necessidades dos colaboradores. É fundamental que o trabalho de comunicação interna seja o de, principalmente, traduzir os objetivos do negócio a todos para que eles possam entender (e lidar) com a realidade (suas ameaças e oportunidades) e realmente se tornarem colaboradores no processo. E sim, estamos falando aqui de objetivos principais (core business), mas ainda de outros periféricos, e também de grande importância.

O funcionário ou empregado só poderá se tornar colaborador de uma campanha quando ele realmente entende e se identifica com ela. Se as pessoas não tem a dimensão do orçamento da área e não veem quanto seu próprio departamento gasta com materiais de escritório, ou mesmo, quanto gasta de impressão de papel em relação aos seus colegas, elas não se engajaram em racionar o uso disso ou daquilo. A comparação tangilibiza e, por isso, a tranparência é uma questão fundamental em todo e qualquer tipo de comunicação de engajamento.

A responsabilidade gera compromisso e revela atitudes, que por sua vez, alimentam a dedicação e o esforço para superar as metas e realizar algo além do previsto. Um ciclo altamente vicioso e, quando bem sincronizado, faz bem a toda a organização. Porque (e os comunicadores da Ogilvy foram brilhantes -e claros- com a mensagem do viral) alguém sempre paga a conta!

O viral que anda rodando o mundo e enfatizando um comportamento universal, por meio de uma idéia vencedora pode ser visto (em inglês, somente) aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=7PiL6sJ325Q

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Comunicação e Confiança deveriam estar lado a lado, mas...


Muitas vezes batemos a cabeça por muito tempo tentando descobrir por que a comunicação não funciona em nossas empresas. Na maioria das vezes, ficamos tentando procurar soluções sem antes reconhecer o problema. Pois então, ai vai o nome do problema que atormenta o ambiente corporativo: falta de confiança na comunicação. Engraçado como nos esquecemos que somos seres humanos e que é inerente à nossa natureza comunicar-se. “Deixe para depois”, “Amanhã falo com o chefe” e o amanhã nunca chega.
Concordo em pensar que os problemas de comunicação empresarial não são somente ocasionados pela falta da comunicação, muitas vezes, são provocados pela falta de confiança na comunicação. O líder exige que seus funcionários estejam motivados e engajados e ele próprio não o está e não confia e inspira confiança em ninguém.


Uma comunicação efetiva somente acontece quando as partes sentem-se livres para dividir suas necessidades e desejos, e confia que aqueles com quem ele está dividindo suas idéias e sentimentos não irão puni-lo no futuro.. Esta comunicação efetiva que buscamos não acontece por acaso. Ela resulta, entre outras coisas, da competência dos líderes que fazem as coisas acontecerem.
Por isso, cabe a nós, como comunicadores e líderes, praticarmos a confiança em nosso ambientes corporativos e inspirar nossos colegas, superiores à praticarem também. Atitude para fazer a comunicação dar certo.
Confiança é a chave deste processo.

Internet + Comunicação - Tempo = Messenger Corporativo


Podemos não perceber, mas vivemos uma das revoluções comunicacionais mais intensas que o homem já presenciou: o surgimento da internet como ferramenta de comunicação.
A possibilidade de troca de informações em tempo real encurtou distâncias, ampliou leques e contatos empresariais e aproximou as pessoas. O messenger é uma das conseqüências dessa evolução. Criado, essencialmente, para estreitar relações, hoje ele é utilizado desde bate-papos entre amigos até conferences entre empresários do mundo todo. Claro que com o surgimento deste mercado surgiram empresas especializadas em criação e manutenção dos messengers corporativos, já que eles (ainda) são monitorados.
As empresas perceberam que o messenger corporativo é um bom instrumento para comunicar, estabelecer relações próximas e manter os funcionários sempre atualizados.
Diferente do que a maioria pode pensar, a comunicação por meio deste instrumento, costuma ser eficaz e com credibilidade, já que é utilizada para passar informações de caráter estratégico.
Por ser uma mídia relativamente nova, por meio do messenger conseguimos passar informações de maneira clara, objetiva, de fácil entendimento, muito mais do que, por exemplo, por meio de uma revista corporativa.
A chave do sucesso desta ferramenta esta também na possibilidade de interatividade com diversas pessoas, o que aumenta a troca de informações entre funcionários.
Claro que há ainda um longo caminho a percorrer, mas o surgimento da internet, e agora do messenger corporativo, prometem provocar mudanças imensas no que diz respeito à comunicação interna empresarial.
Resta às empresas usufruírem deste instrumento de modo estratégico, a fim de obter estreitamento de relações e o principal, comunicação.